É um órgão situado sob o lobo direito do fígado.
Sua principal função é coletar a bile produzida pelo fígado e armazená-la.
Quando a pessoa se alimenta, a vesícula biliar se contrai liberando a bile, a qual passa por um canal chamado colédoco, até chegar ao intestino e encontrar o alimento.
O principal problema da vesícula biliar está associado a presença de cálculos. São pedras de tamanhos e números variados, geralmente formadas a partir do colesterol e/ou sais biliares contidos na bile.
É ainda incerto o porquê certas pessoas formam pedras e não há maneira de prevenir que as pedras se formem.
Estas pedras podem bloquear a saída da vesícula biliar, impedindo o fluxo natural da bile, ocasionando um aumento da pressão dentro da vesícula, levando a um inchaço (edema) e consequentemente a infecção e dor. Este estado é conhecido como colecistite aguda. A pessoa apresenta uma dor intensa tipo cólica em baixo da costela direita, com vômitos e posteriormente febre.
Se uma pedra pequena conseguir passar para o canal da bile a pessoa pode ficar amarela e ter complicações graves.
A ultrassonografia abdominal é o método de escolha para o diagnóstico. Em alguns casos mais complexos, outros exames radiológicos são necessários.
Cálculos (pedras) de vesícula não desaparecem com o tempo, assim não existe outro tratamento que não seja a cirurgia.
No passado
Quando seu cirurgião recomendava uma operação de vesícula biliar, a cirurgia era realizada através de laparototomia (corte de mais ou menos 10 cm). É um procedimento ainda realizado, mas que traz mais dor, riscos de infecção além de uma recuperação mais lenta (internação hospitalar por 3 dias e sem poder voltar as atividades normais em menos de 6 semanas).
Atualmente
A remoção da vesícula biliar é uma das cirurgias mais praticadas, e a maioria já é realizada por via laparoscópica. O termo médico para este procedimento é colecistectomia videolaparoscópica. A cirurgia é realizada através de quatro pequenos orifícios, sendo dois de 1cm, e dois de 0,5cm no abdômen. A dor pós-operatória é muito menor que a da cirurgia convencional.
Geralmente o paciente fica um dia internado no hospital e retorna às atividades normais em 10 a 15 dias.
O paciente é operado com anestesia geral. Logo então é feita uma pequena incisão no umbigo onde é introduzido uma agulha para encher a cavidade abdominal de gás CO2. A intensão é criar um espaço para que a cirurgia possa ser realizada. Introduz-se quatro trocateres por onde passarão as pinças laparoscópicas que realização o trabalho das mãos através de pequenas incisões. Após a ligadura das estruturas (ducto cístico e artéria cística) a vesícula é deslocada do fígado e retrirada pela incisão umbilical.
Colecistectomia laparoscópica é um procedimento muito seguro e comum.
Estima-se que se fazem cerca de 700.000 dessas operações por ano nos Estados Unidos. No entanto, como em qualquer outro procedimento cirúrgico, as complicações podem ocorrer, como o sangramento e a infecção. Menos comumente podem ocorrer lesões de órgãos vizinhos ou dos canais biliares.
Na presença de algumas condições, a operação pode requerer a conversão de uma laparoscopia para uma colecistectomia aberta.